domingo, 14 de novembro de 2010

O segredo... (Capítulo 2, A origem da decisão, parte 4)

Droga meus pés estão perdendo o seu movimento, minhas pernas não se locomovem. Não pode ser! Eu estou tão perto. 
Aahh! Meu peito! Esta doendo demais!
Droga, eu fiquei tempo demais do que era necessário. Eu não posso morrer aqui! Eu não vou! Vamos braços movam-se, já que as pernas se negam a continuar...
Sinto uma dor agonizante em meu peito, parece que algo esta tentando sair, sinto-me como se navalhas estivessem saindo por meu peito. Será que ele esta congelando? Será que estou me tornando uma pedra de gelo? Vamos braços, se vocês pararem será o fim. Mais um pouco, só mais um pouco...
Minha respiração... Esta falhando. Eu não consigo encontrar ar para inflar meus pulmões, se for assim eu irei afundar. Droga eu já estou afundando.
Minha garganta esta ficando inchada, a água começa adentrar minha boca, pois estou tentando respirar inutilmente. Essa água esta inundando minhas narinas, que ardor horrível dessa água atravessando meu canal nasal, parece como ácido em minha garganta. Queimando a cada volume d’água que percorre em meu nariz.
Minha visão esta se tornando turva à medida que afundo. A cada piscar, sinto como se meus olhos ficassem rígidos e doloridos por causa da água em atrito com minhas pálpebras.
Já estou completamente afundado. Não posso mais tenta respirar, se não irei morrer mais rápido.
E assim vejo que não consegui cumprir a promessa que fiz a mim mesmo, vou simplesmente fechar meus olhos e esperar o fundo desse rio chegar, ou se tiver sorte morrer antes mesmo de chegar lá.
Tudo aquilo que pensei a pouco, para que serviu?! Pra mostrar que eu sou um mentiroso?
Eu não consigo cumprir minhas promessas, assim como a promessa que fiz a minha noiva, a qual não sei em que estado deve estar naquele lugar. Christine... Perdoe-me, não consegui cumprir minha promessa de ir buscar ajuda e voltar para te salvar... Por favor, onde quer que você esteja me perdoe...
A imagem de Christine é a única coisa que vejo agora. Seu rosto cheio de vida circundante de alegria, seu sorriso fino natural, seus olhos castanhos que me cegavam com tamanha perfeição, são as únicas coisas que vejo nesse meu triste fim. Não! Christine, não se afaste de mim... Christine... Não vá... Tudo esta ficando tão escuro...
E de repente sinto algo se encostando a mim, o que é isso? Algo não, alguém. Sinto seus braços a me segurarem fortemente, quem é essa pessoa? Como isso é possível? Não tinha ninguém por perto quando comecei a nadar.
Esta me puxando para cima. Posso ser um pouco pessimista, mas acho que não conseguirá me levar à superfície a tempo de eu permanecer vivo. Acho que tudo ta se apagando. Eu acho que estou desmaiando.  Quem sabe eu vá morrer sem sentir dor. Não! Vou simplesmente fechar meus olhos e aguardar o que pode acontecer.
Será que conseguirei chegar vivo a superfície? E quem será que é esse alguém que esta me tirando desse rio? Será que é amigo ou inimigo? De qualquer maneira eu irei descobrir... Isso se eu permanecer vivo...
Por (Nelson P. Filho)

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