sábado, 26 de março de 2011

Sonho

Vejo a obscura a voar sem medo no vale do fim
Onde o sol não brilha, não há vida por onde passo
Passo por onde não vejo, passo por onde não entendo
Aonde vou não tem limites, pois o pior sempre passa

A sombra do mar me cobre, não posso descansar agora
Não existe mais caminho, estou indo pelo abismo
Sempre eu, sempre eu, as pessoas já passaram uma vez
Por mais que pareça que o fim já passou de mim a tempo

Menos me parece que estou perdido, sempre há alguém
Sem questão de improviso corro, corro e corro...
Cansa-me imaginar que estou só, ouço o nada a soar
Chamando-me a voar, sinto o frio do fim chegando

Nunca foi assim, apenas chegava como o forte vento
Vento do nunca que leva consigo a lembrança que tenho
A lembrança me leva com cuidado para o jardim
Que lá me espera... Saudosa luz do pôr do sol.
Por (Nelson P. Filho)

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