quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O segredo... (Capítulo 1, A floresta negra, parte 4 de 4)

Não estou tão longe quanto imaginava, meus ouvidos me acalmam por ouvir o barulho do pequeno rio, ele é o limite das terras de onde estou e inicio das terras do vilarejo de Black Forest, onde finalmente poderei encontrar abrigo. A água desse rio no outono é muito gelada, quanto mais geladíssima não estará a essa hora da noite. Para saciar minha sede essa será a melhor água do mundo. E será por esse rio que terei que atravessar a nado, pois a ponte fica muito distante de onde estou agora, eu tenho que me preparar, pois quando entrar na água minha corrida pela vida terá dada a largada. Estou exausto, com fome, com frio, com dores em todos os meus músculos, terei que me esforçar ao máximo para poder nadar até a outra margem, e suportar o frio mortal que estará naquele rio, e torcer para que a hipotermia não me mate, e sem contar que se me der uma câimbra estarei com sérios problemas principalmente se for bem ao meio da travessia, a água escura desse rio pode-se tornar traiçoeira a esse ponto, estarei contando com a sorte.
Minha cabeça começa a retornar algumas imagens... Não! Essa lembrança não! Aqueles gritos estão retornando aos meus ouvidos, será que estou preso à beira da loucura? Será que estou apenas sonhando? Será que a dor foi demais e estou desmaiado e nesse exato momento ainda estou preso dentro daquele lugar? Não! Isso tem que ser real. Eu posso sentir dor, então certamente eu estou vivo e muito bem acordado.
As luzes do vilarejo estão cada vez mais perto, agora já posso ver a luz projetada sobre o céu de maneira mais intensa, por um momento esqueço tudo que passei até aqui, tudo o que tive que suportar: a dor, o frio, a fome, o medo. Agora o que mais importa é chegar à margem do rio.
Posso ver o rio! Até que enfim! Aproximo-me do rio assim como  uma noiva se aproxima, em direção altar, de seu amado noivo, com infinita alegria.  Só mais um pouco... Só mais um pouco... Pronto, estou à margem de um paraíso, a margem de minha salvação, só preciso beber um pouco de água e enfim atravessar para a outra margem. Que maravilha poder ouvir o barulho da suave correnteza, meus medos cessam por um instante, imagino-me chegando à casa dos stwart’s, eles me recebendo com grande desespero por ter sumido por todo esse tempo, lá eu poderei finalmente sentar e descansar. Poderei comer aquela costela de carneiro assada com queijo que só a marta sabe fazer e tomar um bom vinho que só os stwart’s fazem, será o céu para mim, mas devo me concentrar não sonhar. Minha sobrevivência necessita disso.
Será que conseguirei atravessar? Será que conseguirei chegar à casa dos stwart’s? Depois que contar o que aconteceu comigo, eu pretendo voltar a aquele lugar e dar um fim a tudo isso de uma vez por todas!! Isso se eu chegar vivo...
isso ai espero que estejam gostando... esse  é o fim do 1º capitulo logo logo teremos o 2º capitulo.... abraçosss

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